Na foto acima George Valentim, Eduardo Gurgel e Deputado Jose Guimarães. Vejam com quem o prefeito está aliado. |
Já faz muito tempo que quero falar (mal) do PT. Relutei alguns
anos por achar que não deveria perder meu tempo com esta sigla, e também pra não
ficar parecendo despeita por eu ter sido expulso de seus quadros. Hoje, com uma
ideia bem amadurecida sobre tudo que aconteceu vejo que aquela expulsão que me
deixou de luto por alguns meses foi a melhor coisa que me aconteceu. “Há males
que vem para o bem”. O filósofo Jean-Paul Sartre me ajudou muito a resignificar
todo aquele episódio em que meus algozes acharam que saíram vitoriosos.
Não. Eles não tiveram vitória sobre mim. Eu fui expulso de
um partido que expulsou também Heloisa Helena, Plinio de Arruda Sampaio, Luciana
Genro dentre outros companheiros que ajudaram a construir o partido. Este partido que expulsou os radicais de seus
quadros manteve Delúbio Soares, José Dirceu e o famoso Deputado José Guimarães,
o “Cueção”.
Se eu tivesse
permanecido no PT não estaria sendo fácil a minha vida como petista ideológico
nestes tempos de preparações para as eleições de 2012. Em todo o país o que se
ver é uma avalanche de desastres petistas. Em Recife, depois de uma prévia cuja
primeira rodada – entre o atual Prefeito, João da Costa, e o deputado federal
Maurício Rands - aconteceu em clima de verdadeira guerra, a “solução” adotada
pela Executiva Nacional do PT foi a de declarar a nulidade de todo aquele
processo, vetando a possibilidade do atual Prefeito disputar a reeleição e
impondo ao PT da capital pernambucana a candidatura do Senador Humberto Costa,
gerando ainda mais desgaste do que já havia ocorrido. E essa sucessão de
trapalhadas parece não ter garantido sequer a unidade com o PSB, como pretendia
a direção do PT.
Em São Paulo, além de um tortuoso processo de definição da
candidatura por “consenso” para evitar-se uma prévia, a Direção Nacional do PT
usou e abusou de zique-zagues, que deixaram a militância petista de base entre
confusa e em certos momentos, indignada. Já em 2011, a maioria da direção
estadual do PT – em sintonia com a nacional – forçou a mão para aprovar em
encontro estadual a autorização para que o partido se coligasse com o PSD de
Gilberto Kassab, a nova sublegenda da ARENA (depois de PDS, PFL e outras ...).
No final, a aliança não vingou, mas o “mico” já estava pago.
Em Fortaleza Luizianne tentou peitar o Governador Cid indicando
um serviçal de sua cozinha e perdeu apoio de muitos partidos da base aliada.
Nos últimos dias, os petistas maranguapenses foram “do céu
ao inferno”, mais uma vez em razão das ações da Direção do PT. Ainda comemorávamos,
emocionados, a união do PT com o PSB na disputa pela prefeitura de Maranguape,
quando caiu sobre nossas cabeças uma bomba de “resíduos sólidos” (em tempos de
Rio + 20): a participação do PT com o PP do ladrão Afonso Neto na coligação junto
com o PCdoB, e em troca de cargos no governo municipal.
Nesta aliança há um inimigo histórico da classe trabalhadora
e do povo, do PT e dos socialistas. Tanto faz se o partido no qual navega se
chama ARENA, PDS, PPB ou PP ainda PCdoB,
pois suas ideias e ações sempre se caracterizaram pelo autoritarismo,
truculência, corrupção, favorecimento às elites e destruição de políticas sociais.
Não por acaso, o próprio “filhote da ditadura” (Eduardo Gurgel), se gaba de ser
o criador deste esquema de corrupção que tanto o PT combateu. As lembranças de
sua última gestão na Prefeitura de Maranguape, bem como seu afilhado e sucessor
George Valentim, quando destruiu as boas iniciativas em políticas sociais dos
Governos anteriores, e fez grassar os desmandos e a corrupção – tais como a
“máfia das licitações” comandada por Sandra Mendes, as obras “hiperfaturadas”
não são nada boas para a maioria da população maranguapense.
Não há nenhum argumento, exceto de puro eleitoralismo,
gatunagem com o dinheiro público e oportunismo político, que justifique uma
coligação do PT com o PCdoB de Eduardo Gurgel e George Valentim que de brinde
leva ai o Afonso Neto do PP. Compor uma “coligação” significa
co-responsabilidade em eventual governo, o que só piora as coisas. E se algum
dirigente do PT nos argumentar que eles são honestos e lutam em prol da classe
trabalhadora, será o mesmo que nos pedir que acreditemos em Papai-Noel. O PT de
Maranguape é um quintal do cuequismo de José Guimarães.
Alianças, em geral, são justificadas com a finalidade de
“agregar”, de “somar”, acrescentando as forças os grupos que mesmo não sendo
iguais (senão estariam no mesmo Partido) tem alguns pontos em comum, defendem
algumas bandeiras em unidade e tem plataformas similares. Neste caso, como se procede
a essa adição? O que o PT tem em comum com a corrupção deste Governo? O que
identifica o PT– por mínimo que seja – com o “filhote da ditadura” Eduardo
Gurgel, herdeiro da ARENA e do PDS dos generais-ditadores? Ora, o elo de
ligação entre eles é o Deputado Federal Jose Guimarães, aquele da cueca cheia
de dólares e que roubou mais de 100 milhões do BNB.
Uma coligação do PT com o PCdoB de George Valentim tenderá a
ser, em meu ponto de vista, uma interessante inovação no mundo da matemática
política: será a soma que subtrai, pois ao passo que trará alguns membros da família
de Arlindo Mota para o Palanque dos corruptos, provocará graves desgastes junto
a setores dos movimentos sociais e populares, de esquerda e da intelectualidade
progressista, que não aceitarão uma aliança oportunista desse tipo, que não se
justifica por nenhum fundamento político digno, exceto o eleitoralismo e o oportunismo.
Banditismo em alto grau daquele que sem dó roubou a ex-mulher e ate o pai.
Essas verdades virão a tona no decorrer da campanha eleitoral.
Apelamos as mulheres e homens maranguapenses, militantes de
luta e socialistas e trabalhadores de todos os partidos e sindicatos, não
silenciemos num momento tão importante, e gritemos bem alto às direções do PT que
não aceitamos as imposições do cuequismo aqui em Maranguape. NÃO À ALIANÇA COM O PCdoB DE GEORGE VALENTIM!
Lutemos por uma aliança popular que viabilize uma campanha de esquerda e
progressista na perspectiva de construção de um governo democrático e popular
para a Prefeitura de Maranguape, sob a liderança de Um jovem político que mora
em Maranguape e tem orgulho de ser honesto.