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segunda-feira, 18 de junho de 2012

PT, Arlindo Mota e Cuequismo: A SOMA QUE SUBTRAI

Na foto acima George Valentim, Eduardo Gurgel e Deputado
Jose Guimarães. Vejam com quem o prefeito está aliado.

Já faz muito tempo que quero falar (mal) do PT. Relutei alguns anos por achar que não deveria perder meu tempo com esta sigla, e também pra não ficar parecendo despeita por eu ter sido expulso de seus quadros. Hoje, com uma ideia bem amadurecida sobre tudo que aconteceu vejo que aquela expulsão que me deixou de luto por alguns meses foi a melhor coisa que me aconteceu. “Há males que vem para o bem”. O filósofo Jean-Paul Sartre me ajudou muito a resignificar todo aquele episódio em que meus algozes acharam que saíram vitoriosos.

Não. Eles não tiveram vitória sobre mim. Eu fui expulso de um partido que expulsou também Heloisa Helena, Plinio de Arruda Sampaio, Luciana Genro dentre outros companheiros que ajudaram a construir o partido.  Este partido que expulsou os radicais de seus quadros manteve Delúbio Soares, José Dirceu e o famoso Deputado José Guimarães, o “Cueção”.

 Se eu tivesse permanecido no PT não estaria sendo fácil a minha vida como petista ideológico nestes tempos de preparações para as eleições de 2012. Em todo o país o que se ver é uma avalanche de desastres petistas. Em Recife, depois de uma prévia cuja primeira rodada – entre o atual Prefeito, João da Costa, e o deputado federal Maurício Rands - aconteceu em clima de verdadeira guerra, a “solução” adotada pela Executiva Nacional do PT foi a de declarar a nulidade de todo aquele processo, vetando a possibilidade do atual Prefeito disputar a reeleição e impondo ao PT da capital pernambucana a candidatura do Senador Humberto Costa, gerando ainda mais desgaste do que já havia ocorrido. E essa sucessão de trapalhadas parece não ter garantido sequer a unidade com o PSB, como pretendia a direção do PT.

Em São Paulo, além de um tortuoso processo de definição da candidatura por “consenso” para evitar-se uma prévia, a Direção Nacional do PT usou e abusou de zique-zagues, que deixaram a militância petista de base entre confusa e em certos momentos, indignada. Já em 2011, a maioria da direção estadual do PT – em sintonia com a nacional – forçou a mão para aprovar em encontro estadual a autorização para que o partido se coligasse com o PSD de Gilberto Kassab, a nova sublegenda da ARENA (depois de PDS, PFL e outras ...). No final, a aliança não vingou, mas o “mico” já estava pago.

Em Fortaleza Luizianne tentou peitar o Governador Cid indicando um serviçal de sua cozinha e perdeu apoio de muitos partidos da base aliada.

Nos últimos dias, os petistas maranguapenses foram “do céu ao inferno”, mais uma vez em razão das ações da Direção do PT. Ainda comemorávamos, emocionados, a união do PT com o PSB na disputa pela prefeitura de Maranguape, quando caiu sobre nossas cabeças uma bomba de “resíduos sólidos” (em tempos de Rio + 20): a participação do PT com o PP do ladrão Afonso Neto na coligação junto com o PCdoB, e em troca de cargos no governo municipal.

Nesta aliança há um inimigo histórico da classe trabalhadora e do povo, do PT e dos socialistas. Tanto faz se o partido no qual navega se chama ARENA, PDS, PPB ou PP  ainda PCdoB, pois suas ideias e ações sempre se caracterizaram pelo autoritarismo, truculência, corrupção, favorecimento às elites e destruição de políticas sociais. Não por acaso, o próprio “filhote da ditadura” (Eduardo Gurgel), se gaba de ser o criador deste esquema de corrupção que tanto o PT combateu. As lembranças de sua última gestão na Prefeitura de Maranguape, bem como seu afilhado e sucessor George Valentim, quando destruiu as boas iniciativas em políticas sociais dos Governos anteriores, e fez grassar os desmandos e a corrupção – tais como a “máfia das licitações” comandada por Sandra Mendes, as obras “hiperfaturadas” não são nada boas para a maioria da população maranguapense.

Não há nenhum argumento, exceto de puro eleitoralismo, gatunagem com o dinheiro público e oportunismo político, que justifique uma coligação do PT com o PCdoB de Eduardo Gurgel e George Valentim que de brinde leva ai o Afonso Neto do PP. Compor uma “coligação” significa co-responsabilidade em eventual governo, o que só piora as coisas. E se algum dirigente do PT nos argumentar que eles são honestos e lutam em prol da classe trabalhadora, será o mesmo que nos pedir que acreditemos em Papai-Noel. O PT de Maranguape é um quintal do cuequismo de José Guimarães.

Alianças, em geral, são justificadas com a finalidade de “agregar”, de “somar”, acrescentando as forças os grupos que mesmo não sendo iguais (senão estariam no mesmo Partido) tem alguns pontos em comum, defendem algumas bandeiras em unidade e tem plataformas similares. Neste caso, como se procede a essa adição? O que o PT tem em comum com a corrupção deste Governo? O que identifica o PT– por mínimo que seja – com o “filhote da ditadura” Eduardo Gurgel, herdeiro da ARENA e do PDS dos generais-ditadores? Ora, o elo de ligação entre eles é o Deputado Federal Jose Guimarães, aquele da cueca cheia de dólares e que roubou mais de 100 milhões do BNB.

Uma coligação do PT com o PCdoB de George Valentim tenderá a ser, em meu ponto de vista, uma interessante inovação no mundo da matemática política: será a soma que subtrai, pois ao passo que trará alguns membros da família de Arlindo Mota para o Palanque dos corruptos, provocará graves desgastes junto a setores dos movimentos sociais e populares, de esquerda e da intelectualidade progressista, que não aceitarão uma aliança oportunista desse tipo, que não se justifica por nenhum fundamento político digno, exceto o eleitoralismo e o oportunismo. Banditismo em alto grau daquele que sem dó roubou a ex-mulher e ate o pai. Essas verdades virão a tona no decorrer da campanha eleitoral.

Apelamos as mulheres e homens maranguapenses, militantes de luta e socialistas e trabalhadores de todos os partidos e sindicatos, não silenciemos num momento tão importante, e gritemos bem alto às direções do PT que não aceitamos as imposições do cuequismo aqui em Maranguape.  NÃO À ALIANÇA COM O PCdoB DE GEORGE VALENTIM! Lutemos por uma aliança popular que viabilize uma campanha de esquerda e progressista na perspectiva de construção de um governo democrático e popular para a Prefeitura de Maranguape, sob a liderança de Um jovem político que mora em Maranguape e tem orgulho de ser honesto.

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