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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Choro do Ditador



Conta-se que, quando  um dos generais de Hitler veio comunica-lo que a Alemanha nazista perderia a guerra. Hitler proferira um dos mais célebres discursos acompanhado de choro. Logo em seguida teria se banqueteado com seus generais. O gênio Charles Chaplin em seu filme “O Grande Ditador”, faz uma sátira gostosa sobre o triunfo da razão sobre o militarismo nazista e o celebre ultimo discurso do ditador. O choro oriundo da amargura dos homens que temem o avanço humano e a perda do poder.

Ao assistir um vídeo onde o prefeito George Valentim aparentemente chora esmerei-me por tempo para entender o significado daquilo tudo. Nunca fui insensível ao sofrimento do outro. Respeito meus adversários até onde sei que não esta causado dor profunda. Minha tática de guerrilha ideológica é apenas para a desmoralização pública daqueles que não respeitam a coisa pública.

 Para ilustrar sobre o que eu falo vou relatar a vocês um fato que aconteceu no primeiro ano de governo de George Valentim. A época eu era assessor do prefeito e estávamos em uma manhã no gabinete do prefeito quando chegou a triste noticia de que o ex-prefeito e principal opositor do Governo, Pedro Câmara  estava com câncer. No momento houve um espanto, mas, em seguida todos que estavam presentes começaram a comemorar. Na hora me senti mal e sai. Pude ver ali pela primeira vez a mesquinhez das pessoas com quem eu me aliara. Todos comemoraram menos eu. Porém, um que comemorou atraiu a minha ira. Wendel de Oliveira que recebe dinheiro da prefeitura até hoje sem trabalhar, fez um verdadeiro carnaval comemorando a desgraça do outro e fez o seguinte comentário: “agora acabou oposição em Maranguape”. Aquilo me atraiu a ira, e numa atitude espontânea parti para cima do Wendel o pedindo para ele ter respeito pela dor do outro. Em seguida o seu irmão e outros capangas do prefeito tentaram me acalmar, mas lembro-me bem das palavras que disse a todos ali. “que eram pessoas mesquinhas, que não respeitavam a vida e não acreditava que aquelas pessoas tivessem mãe, antes pareciam terem nascidos de chocadeira”. E ao Wendel especificamente  o agredi verbalmente principalmente por ele ser evangélico e não deveria ta desejando o mal do outro. Porque a caridade cristã, que é a coluna vertebral de todo o ministério de Cristo ensina amor ao próximo. Desde este dia nunca mais dirigi uma palavra a ele, e a lua de mel que eu tinha com o grupo da prefeitura começou a cambalear.  FOSSE O CHORO DO PREFEITO ESPONTÂNEO E DE DOR, NESTE MOMENTO EU TAMBEM SERIA SOLIDÁRIO A ELE.

O choro do Ditador Hitler era pelo apego ao poder. Quando choramos pelo falecimento de um ente querido o fazemos porque o perdemos. Mas o choro do prefeito não é choro da perda do ente querido, se é que tenha algum. Não é o choro da perda do primeiro amor. Nem aquele da criança que chega ao mundo. Todos esses exemplos de choro são espontâneos.  Mas o choro do prefeito é algo esquisito e demorei um tempo para tentar explicar os motivos daquele dramalhão. Busquei recursos na psicanálise que pudessem me clarear as ideias.


Ao contrario do que muitos falam, não gosto de ser injusto. Sou regido por Xangô, o Orixá da justiça. Uma das características do meu Orixá regente é que ele no seu aspecto divino é o Orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. E movido por estes aspectos oriundos de meu regente espiritual busco a justiça com toda acepção da palavra.

Algumas considerações sobre a arte de chorar. Falo arte porque quando eu faia teatro eu fazia isso com mais maestria que o prefeito. O choro é uma arte. O artista esculpe o choro em um mármore, ou pinta em uma tela. O ator o representa em sua face. Choramos vendo outros chorarem numa novela onde sabemos que é mentira. Ou em uma reportagem quando mostram mazelas ou tragédias.  Mas, o choro como toda arte, é cheia de réplicas e falsificações.

A pessoa que chora quer algo que esta perdendo. Desde bebê aprendemos a fazer manha para ganhar as coisas. Perdemos a autenticidade das lágrimas. A cobiça nos distanciou da verdadeira dor. Assim que descobrimos que os pais não aguentam choro por muito tempo, abusamos do recurso cênico e banalizamos o choro. Nossos sofrimentos são, na maior parte das vezes, reclamações. Os gritos não passam de resmungos. Poderiam ser evitados. Têm uma clara natureza forçada.

Desejando prevenir a população de Maranguape da ação do impostor George Valentim, pesquisei  alguns mandamentos para identificar e reprimir o estelionato emocional:

1 - O choro depende de soluço. É um engasgo precioso. Choro sem soluço é como sorrir sem mostrar os dentes. Trata-se de um motor respiratório para atravessar o vale de lágrimas. Numa visão gramática da tristeza, o soluço é a vírgula e o gemido é o ponto final. São pausas fundamentais que garantem o suspense: parece que o sofredor vai falar, mas ele se cala (Como pode o prefeito depois de fingir um choro sem lágrimas gritou e agrediu o seu padrasto o Deputado Lucílvio Girão?).

2 - O choro sincero é um miado. Não conseguiremos decifrar o que a pessoa disse. As palavras são completamente ilegíveis. (Nossa, pois eu juro que quando o prefeito chorou eu entendi bem tudo que ele falou).

3 - O rosto ficará vermelho, inchado, como um ataque de abelhas-africanas. (Pessoal o prefeito nem borrou a sua maquiagem).

4 - O sofredor não vai encarar o outro de modo nenhum, não se chora de cabeça levantada, isso é coisa de novela e de colírio. O choroso estará acovardado, de boca aberta, já que não consegue respirar. (Meu Deus o prefeito chorou mas não perdeu a empáfia de ser altivo. Ele deveria ter feito teatro comigo pra aprender a se fazer de vitima).

5 - Não acredite no tipo que espera plateia para chorar, está chamando atenção, é carência, não choro, o choroso real desmorona onde estiver. Não é possível guardar o choro, criar um fundo de investimento de dor. O choro é pontual, surge no meio do trabalho, no meio da aula, relâmpago incontrolável. (Nossa, o prefeito disse que estava guardando o choro desde o começo da campanha. Kkkkkkkkkk que mentiroso).

6 - No momento em que o homem chora, se a voz vem grossa, ele está fingindo: no choro, a voz sempre é fina, distorcida, de gás hélio. (Bem, sobre isso, ponto para o prefeito porque  a voz dele nunca foi grossa mesmo sempre falou meio fino e afeminado).

7 - É regra básica,  tem que borrar a maquiagem e oferecer espetáculo. Chorar de cara limpa é farsa. (Pois o prefeito saiu maquiado do mesmo jeito que entrou no teatro, eu juro).

8 - Se você usa lenço ou papel higiênico para limpar o nariz, está mentindo: quem sofre mesmo assoa o ranho na manga da camisa, e não se importa com os botões.( Kkkkkk vi o prefeito secando as lágrimas virtuais no papel higiênico que saiu sequinho. Kkkkkkkkkkkkkk).

9 - O choro é como orgasmo. Não admite discurso depois. Aquele que aproveita o choro para passar sermão é apenas um chantagista. (Meu Deus o prefeito discursou por quase uma hora depois do choro. Que cabra safado!).

Toda regra há exceção. Mas ca pra nós. O prefeito não tem o direito de se fazer de vitima depois de todo o mal que já fez a nossa cidade.  Isso é desespero porque esta vendo sua eleição perdida e também querer subestimar nossa inteligência. Vitima somos nos que sofremos as consequência da corrupção e incompetência de sua gestão.

E depois do choro o prefeito foi se banquetear com seus lacaios em um restaurante da cidade saindo de la bêbado as quedas e rindo a toa.

sábado, 4 de agosto de 2012

Mudar Maranguape Eu sei que Posso



Passei minha vida toda ouvindo palavras pessimistas do tipo: “você não vai mudar o mundo”. Mesmo assim nunca desisti. No principio achei que com a arte eu mudaria o mundo. Mas depois vi que alguns aspectos de concretização da arte era subordinada a politica, então migrei para politica com o intuito de mudar o mundo. Então descobri, ainda, que a política era subordinada as ideias. Foi ai que adentrei no campo das ideias, na epopeia de mudar o mundo. Eu sei que o mundo muda. “Nada é impossível de mudar” (Bertold Brecht). Eu continuo piamente neste propósito firme de mudar o mundo e penso usar a literatura para esse fim. Ora com poesia, ora com crônicas ou ensaio. Mas, toda minha literatura é dedicada à mudança.

Tal qual Fernando Pessoa “tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Quando quero sonhar faço poesia. Quando estou disposto a guerrear faço crônicas. E quando quero sonhar e guerrear ao mesmo tempo faço ensaios. Esta peça literária é um ensaio.

Vamos ao cerne da questão: estamos vivendo o período eleitoral. Nesta época as paixões se afloram.  Sujeitos que a gente nem sabia que existia passam a frequentar nossos bairros, ruas e casas se apresentando como salvadores da pátria. Alguns vendem boas ideias. Outros são meros produtos fruto do fetichismo causado pela publicidade. O mesmo fenômeno que nos faz beber a Coca-cola (a pior bebida do mundo) nos faz votar nos piores políticos do mundo.

Não posso condenar as paixões porque eu sou movido por elas. Mas, certamente posso rejeitar os políticos frutos da enganação da publicidade.  Coisas pequenas ou ruins são transformadas em coisas grande e boas por meio do marketing. Mas, os resultados so são possíveis porque a propagando ela existe para as pessoas menos inteligentes. A propaganda não vende o politico como é, mas como o povo gostaria que ele fosse. Adolfo Hitler que enganou a Europa toda, usou a propaganda como principal arma. Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler controlava o aparelho estatal, o sistema educacional e os meios de comunicação na tentativa de dominar por meio da propaganda. Era um homem forte do regime nazista. Qualquer semelhança com o atual governo municipal de Maranguape não é mera coincidência.
Mudar o mundo não o pode ser feito por meio de uma peça publicitária. As boas intenções somente também não transforma nada. Há uma expressão da moda agora que diz exatamente o momento que se começa uma mudança de mundo. “O despertar das consciências” é a frase mágica. Essa expressão comumente usado a muito tempo no misticismo passou a fazer parte da utopia dos atores sociais que lutam por transformações.

Infelizmente o despertar das consciências vem acontecendo lentamente. Mas elas estão acontecendo. Há cerca de 10 anos atrás eu era em Maranguape a única pessoa que chamada um político de corrupto. Tanto que eu era criticado porque as pessoas achavam a expressão muito pesada e me chamavam de deselegante por isso. Hoje a cidade faz um coro para chamar seus representantes de corruptos.  Ninguém em Maranguape foi processado no ano de 2000 por chamar politico de ladrão. Eu fui. E de la pra ca foram tantos que, ou eles se convenceram que são corruptos mesmo,  ou se cansaram de me processar. Mas isso não vem ao caso agora. Essa alegoria é apenas para ilustrar que algo esta mudando.

A eleição deste ano é uma eleição plebiscitária. Onde o povo terá apenas que escolher se esta boa ou se quer mudar. Nem vou entrar no mérito aqui dos meus ideais socialistas porque não os vejo representado em nenhuma das duas candidaturas. Porem vou ressaltar com toda a independência inerente aos intelectuais, o meu ponto de vista das opções posta para o povo escolher.

De um lado o candidato a reeleição George Valentim. Sua biografia não vou expor. Primeiro, porque isso é papel de seus publicitários. Segundo, porque não acho que ele tenha uma biografia digna de ser citada por mim. Acho ate engraçado o próprio prefeito se descrevendo em sua autobiografia. Isso é uma masturbação de ego desnecessário. Pois bem: eleito prefeito e depois de 3 anos e meio volta novamente as ruas para pleitear um segundo mandado. A avaliação que eu faço de seu governo não é nada mais do que expor os motivos que a maioria da municipalidade também faz. Quando candidato, prometeu honestidade. Na prática o que vimos foi uma quadrilha aparelhar uma prefeitura, não para governar, mas para arrecadar dinheiro fruto da corrupção. Dinheiro que serviu para pagar cabos eleitorais para em troca ceder apoio politico. Para mudar substancialmente o padrão de vida de uma corja, enriquecendo ilicitamente comprando carros de luxo e mansões nos bairros nobres de Fortaleza. E a sobra desse dinheiro roubado esta sendo usado agora para financiar campana milionária. Nada do seu plano de governo foi cumprido. Prometeu a conclusão do Estadio e nem sequer um punhado de grama foi plantado neste governo no estádio. Prometeu um bondinho que ligaria o centro ao topo da Serra de Maranguape para alavancar o turismo, e nada. Prometeu trazer 12 novas industrias para a cidade, e ao invés de trazer fizemos foi perder as que já tínhamos. Moradia popular gratuita era promessa. Também nenhuma foi entregue. E por ai vai. O serviço de saúde falido, a educação desqualificada. A infraestrutura da cidade comprometida com o avanço do crescimento urbano e simplesmente a cidade sofre pela ausência de um gestor que, além de não morar na cidade, não tem sensibilidade para os problemas da população. Esta  é a síntese do prefeito que tenta a reeleição.

A alternativa que se apresenta como mudança, não é propriamente mudança. Na verdade é uma continuação de uma filosofia de governar que perdurou em Maranguape nos anos 80 e 90. Não posso fazer critica aquela época porque eu era criança e não tinha percepção dos acontecimentos sociais e politicos daquele período. Como cientista social so posso falar de minhas percepções. Átila Câmara que a meu ver representa esse período, sobretudo, porque ainda não teve coragem de fazer uma autocritica daquela época. Ora se apresenta como alternativa de mudança. É provável que o seja. Ate porque, é representante de uma nova geração cronológica. Influenciado pela nova politica, é fruto da opressão e da hostilidade dos últimos governos municipais. Não sei ate quando o DNA sera mais decisivo que as influências do meio social. O tempo dirá.  O que se sabe é que Átila Câmara encarnou o anseio da população. Sua candidatura passou a ser o sonho da redenção do povo de Maranguape. Suas propostas parece vir do coração. Emociona seus ouvintes e tambem se emociona. Vi um único comício dele e pude sentir a sintonia popular em torno desse projeto. Acredito que seja um candidato bem intencionado. Tenho ressalvas, e so por isso não assumo publicamente apoio a esse projeto. Sobretudo, pelo viés socialista porque eu não abro mão de pensar politica dentro do marxismo. Não é o candidato dos meus sonhos. Pode ser que seja. Sartre acreditava que o futuro pode resignificar o passado. O futuro nos dirá se foi ou não bom para Maranguape.

 O importante é que há duas coisas a se ponderar que me faz acreditar em que das duas alternativas o Átila é a melhor opção.  Primeiro: o que ta ai já provou que não é bom. O segundo e mais importante. É que se quero mudar o mundo tenho que começar a mudar Maranguape primeiro.

Voltei a ficar na moda. MUDAR MANGUAPE EU SEI QUE POSSO!