Desde ontem estou com uma vontade imensa de subverter. Gosto de subverter com toda a assepção da palavra. Geralmente minhas revoltas subversivas são acompanhadas de transtornos morais e dentro da mais absdoluta ilegalidade Já disse em outra crônica de minha autoria que todo ato revolucionário transcende as barreiras da moral e da legalidade. Por isso não me incomodo em ser chamado de imoral ou de criminoso.
Arte para mim só é válida se for subversiva. Literatura também. Minha arte literáira é toda subversiva. Inclusive, no texto de contracapa de meu livro “No Divã do Âmago”, o camarada Edilberto Fernandes afirma que tenho tendências anárquicas. Discordo. Anarquistas para mim só serve para degustar algumas garrafas de vinho no coreto da praça e alguns são até comestiveis. De quando em vez seleciono alguns para acasalarmos numa verdadeira reminiscência a Sodomo (pátria querida de minha especie revolucionária). Adoro a indefinição sexual dos anarquistas.
Como relatei no preâmbulo prefacional, ontem a noite anoiteceu (obviedade reduntante) em Maranguape e eu fiquei louco para subverter. Fiquei louco literalmente. Explico: quando estou na iminência de surtos histéricos, encontro a terapia perfeita em atos subversivos. Algumas vezes, apenas um so ato resolve. Outras vezes tenho que praticar todos os atos subversiveias possiveis. Meus atos de subversão são muito previsiveis. Alias, eu sou todo previsivel. Gosto de escostar o dedo na ferida alheia, de beber até falar besteira (o que já faço sobriamente), de orgias sexual (o que pega muito mal para um intelectual) etc.. Ontem fiz tudo isso, e a vontade de subverter não passou. Então vim para o último ato que me restava: “ESCREVER”. É escrevendo que me liberto dessa vontade imensa de dizer algo. Sei que sou ouvido (lido) por milhares de pessoas. Figuro em público como uma pessoa pública. Isso é muito chato. Alias vou aproveitar aqui a oportunidade e fazer algumas reclamações. Pelo amor de Deus (Alá, Jeová, Jesus, Tupã, Zeus, Osiris, ou seja qual for o nome que vocês dão a ele) quando me verem por ai rua afora não me cumprimentem como se fossem intimos meus. É muito chato eu ficar falando com estranho que se comporta como amigo de infância. Não suporto mais ouvir comentários do tipo: “continue denunciando”; “você escreve muito bem”; “adoro suas crônicas”; “fico altas horas lendo teu blog e rindo”. É demasiado estranho e pertubador a falta de privacidade. Outro dia fui almoçar num self-service e o comentário da outra mesa era a quantidade de alimentos de meu prato. Aviso aos idiotas: gênios tambem sentem fome. Pode parecer esnobe de minha parte, mais não preciso ouvir elogios de ninguem. Não gosto de elogios. Eu dou examente aquilo que gosto de receber. Como só dou críticas, então prefiro também ouvi-las. Este parágrafo está meio grande. Não há regra para tamanho de paragrafo, mais minha genialidade diz que esteticamente não pode ser muito grande. Então continuo esse assunto em outro paragrafo.
Aqueles que precisam ouvir elogios geralmente são os frustrados de baixa autoestima. Meu problema já é autoestima em excesso. Chega a ser narcisismo puro. Quem gosta de ser elogiado geralmetne tem dúvidas do que é. No meu caso sei muito bem o que sou. Enfim, não é sobre isso que eu queria dissertar. Mas, mais uma vez a minha falta de foco potencializada por minha dislexia me trouxe para esse assunto totalmente desnecessário e que não tem nada a ver com aquilo que prentendo falar a seguir nas próximas linhas.
Desde meados dessa semana os carros de som da mal-educada Prefeitura Municipal de Maranguape tira nossos sonos vespertinos com um anúncio espetacular: “O Reveillon da Cidade” com uma atração intergalactia denominado “Beto Barbosa”. O enchimento de saco é tanto que mesmo sem querer, mas de tanto ouvir a gente acaba cantando o jingle:
“Preta, fala pra mim,
fala o que você sente por mim, oi oi oi oi
sera que vo, sera que você me quer
sera que você vai ser a minha mulher, ô preta”
“Adocica, meu amor, adocica,
Adocica, meu amor, a minha vida, oi...
Tá que tá ficando
Ficando muito legal
Nosso amor é veneno
Veneno do bem e do mal”
Adocica, meu amor, a minha vida, oi...
Tá que tá ficando
Ficando muito legal
Nosso amor é veneno
Veneno do bem e do mal”
Pior que esta besteira só aquela outra que diz assim:
“Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego
Delícia, delícia
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego”.
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego”.
Toda essa besteirada me fez tambem pensar e fazer besteira. Ontem mandei para vários contados do meu facebook uma cantada com essa música do Michel Teló. Pois num é que deu certo! Terminei a noite e amanheci o dia com um fruto dessas mensagens.
Tambem, como sou racional (as vezes) resolvi chutar o pau da barraca e dar minha opinião sobre a festa da prefeitura e sua atração. Começo metendo o pau no Beto Barbosa. Ele nem merece ser mencionado por mim. Mais vou conceder-lhe esse privilegio. Se este país tivesse cultura ou pelo menos os agentes públicos tivesse vergonha na cara esse tipo de atração não seria financiado com dinheiro público. Um sujeito que já estampou diversas manchetes policiais por agredir mulheres e por praticar outras ilegalidades é a atração principal de uma festa finaciada inclusive com o dinheiro orindo dos impostos das mulheres. Cade aqui o Conselho Municipal da mulher que não se manifesta? Veja o cabalismo que não quer calar: o prefeito de Maranguape é bandido e ladrão, seus assessores, a grande maioria pelo menos são ladrões. O organizador Adriano Teixeira, é outro fino ladrão. Agora, até as atraçãos artisticas contratadas são tambem encrencados com a lei. Poupem os meus privilegiados neurôneos de tanta safadeza que tenho para analisar.
Outro fato que quero falar subversivamente é mais fundada em analises sociologicas e históricas. É a volta da política do pão e do circo da Roma antiga.
Os espetáculos públicos financiado pelo governo era uma estratégia usada pelos imperadores romanos para distrair a atenção do povo. O objetivo desses espetáculos era manter o povo afastado da política e das questões socias. Era, em suma, uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais.
O que o Prefeito ladrão de maranguape tem feito é basicament a mesma coisa. Qual é a politica cultural do prefeito? Panis Et Circenses. O que ele tem feito para tirar a juventude das drogas? Panis Et Circenses. Cade as benesses sociais de nossa população? Panis Et Circenses. Enquanto tubos de dinheiro público é desviado para eventos superfaturados o povo padece a ausência do Estado em suas prerrogativas. Se o povo fosse feliz não precisaria de festas para amigalhar alguma diversão. Se o povo tivesse uma política pública de geração de emprego e renda, não precisaria de festas gratuitas porque teria dinheiro para fazer sua própria festa familiar. Enfim, o que este governo, que é o mais corrupto da história esta a fazer nada mais é que a velha politica romana do pão e circo. E não se enganem, tal qual em Roma existe neste espetáculo leões e pessoas. Em Roma os leões devoravam cristãos e gladiadores. Aqui em Maranguape o Prefeito e sua corja imunda com todos os seus sinônimos: (Conjunto de pessoas desprezíveis, de má nota; súcia, malta), estão a devorar a população maranguapense. Enquanto isso o teatro municipal esta sucateado, mulheres morrem de parto em pleno século 21, a agricultura e a juventude estão abandonadas. Só nos resta uma esperança: a política do pão e circo não perdurou por todo o tempo. Prova disso são as ruínas do coliseu. E, certamente em maranguape essa estratégia nociva de dominação não deve perdurar.
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