Conta-se que, quando um
dos generais de Hitler veio comunica-lo que a Alemanha nazista perderia a
guerra. Hitler proferira um dos mais célebres discursos acompanhado de choro. Logo
em seguida teria se banqueteado com seus generais. O gênio Charles Chaplin em
seu filme “O Grande Ditador”, faz uma sátira gostosa sobre o triunfo da razão sobre
o militarismo nazista e o celebre ultimo discurso do ditador. O choro oriundo
da amargura dos homens que temem o avanço humano e a perda do poder.
Ao assistir um vídeo onde o prefeito George Valentim
aparentemente chora esmerei-me por tempo para entender o significado daquilo
tudo. Nunca fui insensível ao sofrimento do outro. Respeito meus adversários até
onde sei que não esta causado dor profunda. Minha tática de guerrilha
ideológica é apenas para a desmoralização pública daqueles que não respeitam a
coisa pública.
Para ilustrar sobre o
que eu falo vou relatar a vocês um fato que aconteceu no primeiro ano de
governo de George Valentim. A época eu era assessor do prefeito e estávamos em
uma manhã no gabinete do prefeito quando chegou a triste noticia de que o
ex-prefeito e principal opositor do Governo, Pedro Câmara estava com câncer. No momento houve um
espanto, mas, em seguida todos que estavam presentes começaram a comemorar. Na hora
me senti mal e sai. Pude ver ali pela primeira vez a mesquinhez das pessoas com
quem eu me aliara. Todos comemoraram menos eu. Porém, um que comemorou atraiu a
minha ira. Wendel de Oliveira que recebe dinheiro da prefeitura até hoje sem trabalhar,
fez um verdadeiro carnaval comemorando a desgraça do outro e fez o seguinte
comentário: “agora acabou oposição em Maranguape”. Aquilo me atraiu a ira, e numa
atitude espontânea parti para cima do Wendel o pedindo para ele ter respeito
pela dor do outro. Em seguida o seu irmão e outros capangas do prefeito
tentaram me acalmar, mas lembro-me bem das palavras que disse a todos ali. “que
eram pessoas mesquinhas, que não respeitavam a vida e não acreditava que
aquelas pessoas tivessem mãe, antes pareciam terem nascidos de chocadeira”. E ao
Wendel especificamente o agredi
verbalmente principalmente por ele ser evangélico e não deveria ta desejando o
mal do outro. Porque a caridade cristã, que é a coluna vertebral de todo o
ministério de Cristo ensina amor ao próximo. Desde este dia nunca mais dirigi
uma palavra a ele, e a lua de mel que eu tinha com o grupo da prefeitura
começou a cambalear. FOSSE O CHORO DO PREFEITO
ESPONTÂNEO E DE DOR, NESTE MOMENTO EU TAMBEM SERIA SOLIDÁRIO A ELE.
O choro do Ditador Hitler era pelo apego ao poder. Quando choramos
pelo falecimento de um ente querido o fazemos porque o perdemos. Mas o choro do
prefeito não é choro da perda do ente querido, se é que tenha algum. Não é o
choro da perda do primeiro amor. Nem aquele da criança que chega ao mundo. Todos
esses exemplos de choro são espontâneos. Mas o choro do prefeito é algo esquisito e
demorei um tempo para tentar explicar os motivos daquele dramalhão. Busquei recursos
na psicanálise que pudessem me clarear as ideias.
Ao contrario do que muitos falam, não gosto de ser injusto. Sou
regido por Xangô, o Orixá da justiça. Uma das características do meu Orixá
regente é que ele no seu aspecto divino é o Orixá dos raios, trovões, grandes
cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga
os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. E movido por estes aspectos
oriundos de meu regente espiritual busco a justiça com toda acepção da palavra.
Algumas considerações sobre a arte de chorar. Falo arte porque
quando eu faia teatro eu fazia isso com mais maestria que o prefeito. O choro é
uma arte. O artista esculpe o choro em um mármore, ou pinta em uma tela. O ator
o representa em sua face. Choramos vendo outros chorarem numa novela onde
sabemos que é mentira. Ou em uma reportagem quando mostram mazelas ou
tragédias. Mas, o choro como toda arte,
é cheia de réplicas e falsificações.
A pessoa que chora quer algo que esta perdendo. Desde bebê
aprendemos a fazer manha para ganhar as coisas. Perdemos a autenticidade das
lágrimas. A cobiça nos distanciou da verdadeira dor. Assim que descobrimos que
os pais não aguentam choro por muito tempo, abusamos do recurso cênico e
banalizamos o choro. Nossos sofrimentos são, na maior parte das vezes,
reclamações. Os gritos não passam de resmungos. Poderiam ser evitados. Têm uma
clara natureza forçada.
Desejando prevenir a população de Maranguape da ação do
impostor George Valentim, pesquisei
alguns mandamentos para identificar e reprimir o estelionato emocional:
1 - O choro depende de soluço. É um engasgo precioso. Choro
sem soluço é como sorrir sem mostrar os dentes. Trata-se de um motor
respiratório para atravessar o vale de lágrimas. Numa visão gramática da
tristeza, o soluço é a vírgula e o gemido é o ponto final. São pausas
fundamentais que garantem o suspense: parece que o sofredor vai falar, mas ele
se cala (Como pode o prefeito depois de fingir um choro sem lágrimas gritou e
agrediu o seu padrasto o Deputado Lucílvio Girão?).
2 - O choro sincero é um miado. Não conseguiremos decifrar o
que a pessoa disse. As palavras são completamente ilegíveis. (Nossa, pois eu
juro que quando o prefeito chorou eu entendi bem tudo que ele falou).
3 - O rosto ficará vermelho, inchado, como um ataque de
abelhas-africanas. (Pessoal o prefeito nem borrou a sua maquiagem).
4 - O sofredor não vai encarar o outro de modo nenhum, não
se chora de cabeça levantada, isso é coisa de novela e de colírio. O choroso
estará acovardado, de boca aberta, já que não consegue respirar. (Meu Deus o
prefeito chorou mas não perdeu a empáfia de ser altivo. Ele deveria ter feito
teatro comigo pra aprender a se fazer de vitima).
5 - Não acredite no tipo que espera plateia para chorar,
está chamando atenção, é carência, não choro, o choroso real desmorona onde
estiver. Não é possível guardar o choro, criar um fundo de investimento de dor.
O choro é pontual, surge no meio do trabalho, no meio da aula, relâmpago
incontrolável. (Nossa, o prefeito disse que estava guardando o choro desde o
começo da campanha. Kkkkkkkkkk que mentiroso).
6 - No momento em que o homem chora, se a voz vem grossa,
ele está fingindo: no choro, a voz sempre é fina, distorcida, de gás hélio. (Bem,
sobre isso, ponto para o prefeito porque
a voz dele nunca foi grossa mesmo sempre falou meio fino e afeminado).
7 - É regra básica,
tem que borrar a maquiagem e oferecer espetáculo. Chorar de cara limpa é
farsa. (Pois o prefeito saiu maquiado do mesmo jeito que entrou no teatro, eu
juro).
8 - Se você usa lenço ou papel higiênico para limpar o
nariz, está mentindo: quem sofre mesmo assoa o ranho na manga da camisa, e não
se importa com os botões.( Kkkkkk vi o prefeito secando as lágrimas virtuais no
papel higiênico que saiu sequinho. Kkkkkkkkkkkkkk).
9 - O choro é como orgasmo. Não admite discurso depois.
Aquele que aproveita o choro para passar sermão é apenas um chantagista. (Meu Deus
o prefeito discursou por quase uma hora depois do choro. Que cabra safado!).
Toda regra há exceção. Mas ca pra nós. O prefeito não tem o
direito de se fazer de vitima depois de todo o mal que já fez a nossa cidade. Isso é desespero porque esta vendo sua
eleição perdida e também querer subestimar nossa inteligência. Vitima somos nos
que sofremos as consequência da corrupção e incompetência de sua gestão.
E depois do choro o prefeito foi se banquetear com seus
lacaios em um restaurante da cidade saindo de la bêbado as quedas e rindo a
toa.